Peritos Papiloscopistas do Estado prestigiam nesta sexta-feira (22) o lançamento do filme “Assalto ao Banco Central”. A produção narra a saga real de um grupo de assaltantes que planejou um assalto no Banco Central em Fortaleza, cavando um túnel até o cofre. A perícia papiloscópica teve uma atuação chave para desvendar o crime. Os responsáveis só foram identificados a partir de uma marca da digital de um dos assaltantes, encontrada na lateral da geladeira na casa que os bandidos utilizaram durante a ação criminosa.
Em recente entrevista, o presidente da Associação Brasileira dos Papiloscopistas Policiais Federais (ABRAPOL), Celso Zuza da Silva Neto, comentou sobre o importante trabalho realizado pelos papiloscopistas na identificação dos assaltantes. De acordo com Silva Neto, os criminosos utilizaram luvas para realizar a escavação e tomaram cuidados para não deixar impressões digitais.
O papiloscopista federal contou que ao chegar a casa foi constatado que, após a ação, um pó branco havia sido espalhado na tentativa de apagar qualquer vestígio. “Mesmo com todos os cuidados tomados pelo bando, os papiloscopistas, em um trabalho minucioso e preciso, conseguiram recolher fragmentos, ou seja, parte das impressões digitais que são revelados através de processos químicos e físicos que contam com o uso de reagentes, luz forense, e estes são comparados com o banco de dados da polícia”, explicou Silva Neto.
Para o diretor do Instituto de Identificação do Estado, perito papiloscopistas Celso José de Souza, o filme evidenciou o trabalho diuturno realizado pelos profissionais da perícia papisloscópica. “O filme evidencia a importância do perito papiloscopista e seu papel decisivo no elucidação do crime”, comentou.
A mobilização da categoria para participar do lançamento do filme é uma ação promovida pelo Sindicato dos Papiloscopistas e Peritos Oficiais de Mato Grosso do Sul (Sinpap).
Peritos Papiloscopistas
Os peritos papiloscopistas são profissionais responsáveis pela classificação, análise e comparações das impressões digitais em identificação “Perito Papiloscopista” e desempenha suas atividades através do Instituto de Identificação. Na área civil trabalha na coleta de impressões digitais neste caso para confecção da carteira de identidade, e na área criminal atua de forma a fornecer Atestados de Antecedentes Criminais, Boletins de Identificação Criminal (BIC), Retrato Falado, Pesquisa nos arquivos decadactilares, Identificação de Cadáveres e até mesmo o levantamento de impressões digitais em locais de crime.
Também trabalham na confecção do retrato-falado, através de entrevistas com a vítima, que apresenta o perfil para a montagem do retrato que mais se aproxima da verdadeira feição do rosto do agressor. Atualmente existem peritos do Estado que participaram de cursos para a aplicação do novo sistema de representação facial, aptos para atuar na resolução dos casos.